sábado, 9 de janeiro de 2016

Repressão ao carnaval no Rio de Janeiro

Presenciei  o absurdo acontecido na abertura dos blocos, no dia 03/01. Um vendedor ambulante foi espancado a cacetetes ( diz-se que a razão é que ele vendia cervejas além da Antártica, patrocinadora do carnaval). Diante da resistência dos foliões a essa atitude covarde foram disparadas balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio para dispersar o bloco. 
Uma violência que parece gratuita, mas não é: é preciso proteger o lucro da Ambev, empresa de bebidas vinculada à prefeitura e também disciplinar o uso do espaço público. O Boi Tolo é um bloco conhecido por inovar seus trajetos, é a folia sem planejamentos, sem burocracia. O convite para o evento do facebook parecia profético: nele se falava em combater a mercantilização do carnaval, e realmente foi preciso resistir ao Estado para fazê-lo. Nas ruas, antes da confusão se ouvia o canto generalizado de "fora cunha", e depois de "prefeitura fascista". O sr. Eduardo Paes gostando ou não, esse carnaval promete ser bastante interessante.

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